segunda-feira, 15 de agosto de 2011

15.08.2011: O Passado sempre Presente


É normal que no início tudo pareça pequeno, só quando olhamos para trás é que entendemos a real dimensão do que o tempo nos deu, às vezes pensamos: “Parece que foi há séculos”. Outras vezes podiamos jurar que tudo aconteceu mesmo ontem. Hoje é um desses dias em que olhamos para trás e fazemos um balanço, mesmo que não tenhamos estado lá desde o dia um, o importante é que hoje estamos aqui, ainda estamos aqui.
Os Tokio Hotel nunca foram apenas mais uma banda, porque senão não seriam odiados por uns e amados por muitos mais. O certo é que, desde o primeiro dia não deixaram ninguém indiferente e isso não é, com certeza, para qualquer um.
O que se celebra no dia de hoje é o nascimento de um hino que, inevitavelmente ficará sempre como marco de uma geração. E mesmo aqueles que afirmam sem margem de dúvida que não apreciam a banda, sabem a letra e até os pais de tantos jovens espalhados pelo mundo fora cantarolam inconscientemente a música que se transformou na banda sonora da vida dos seus filhos. Esta monção não deixou ninguém imúne e influenciou, à sua maneira, tantas vidas, tocadas por uma melodia.
O mais engraçado, e ainda tendo como pano de fundo a ideia da retrospectiva, é que, ao longo destes anos, desde o dia em que a música “Durch den Monsun” foi apresentada ao mundo, reunimos um número significativo de datas para celebrar. O dia 15 de Agosto de 2005 será sempre o ponto de partida, mas depois desse dia, os Tokio Hotel deram-nos muitos mais momentos para festejar.
Será que vocês mudariam alguma coisa nestes 6 anos? Ou por outro lado preferem guardar todos os bons e maus momentos, todas as decisões, aceitar todos os caminhos que eles escolheram. E se pudessem mudar alguma coisa nos Tokio Hotel, nas suas personalidades, nas suas atitudes, será que essas mudanças iriam mesmo melhorar esta banda, ou pelo contrário, iriam transformá-los numa banda como tantas outras, igual a todas as outras.
Será justo exigir-lhes que parem as suas vidas por nós, enquanto nós nos dedicamos às nossas próprias vidas. Será certo pedir-lhes que vivam única e exclusivamente em função dos seus fãs apenas para que estes tenham as coisas na altura que querem?
O que queremos dizer com isto é que: nós, enquanto fãs, fazemos parte da vida de uma banda, não somos toda a sua vida.
Nestes seis anos, tendo descoberto a banda mais cedo ou mais tarde, dedicámo-nos a admirar estes rapazes, e não se deixem enganar, a admiração também é uma forma de amor, e às vezes, amar é difícil. Às vezes amar é dar espaço às pessoas para elas crescerem, dar o tempo necessário para que se fortaleçam, deixá-las errar mesmo que saibamos que o estão a fazer, porque independentemente dos erros estaremos lá para amparar a queda, aceitar que não existem seres humanos perfeitos, mesmo que estejamos a falar das pessoas que mais admiramos. Será que um dia, não nos apaixonámos também pelos seus defeitos?
Uma escritora espanhola, de nome Concepción Arenal escreveu: “O amor vive mais daquilo que dá do que daquilo que recebe”, e nós sabemos, porque ao longo da vida do TH Zone tivémos provas suficientes disso, que todos nós teremos a generosidade suficiente para saber esperar e respeitaremos o tempo necessário a este processo criativo. Porque os frutos deste trabalho serão também para o nosso proveito, porque confiamos e sempre o fizémos por vontade própria, e se depois de 6 anos após o lançamento de Durch den Monsun ainda estamos aqui, é pelo simples facto de querermos continuar aqui.
Juntem-se a nós na celebração do início de tudo e lembrem-se sempre que: as pessoas não nos pertencem, mas em alguns casos, temos o privilégio de podermos partilhar alguns sonhos com elas, porque elas são generosas ao ponto de nos dar esse pedaço de si.


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